Em criança acreditava que quando alguém morria passava a fazer parte das estrelas que constituíam o firmamento.
Quando o meu avô materno deixou esta vida teria eu cerca de 10 anos e a minha avó paterna quando seguiu a sua viagem eu era bem mais pequena. Foram duas mortes que me marcaram, por ter acompanhado de perto o sofrimento dos meus pais e talvez pela minha idade.
Para mim eles continuavam vivos, não fisicamente, mas a sua presença estava em todo o lado.
Ainda hoje, eles estão vivos no meu pensamento e no meu peito.
Eu acreditava que os nossos entes queridos continuavam a fazer parte da nossa vida, que nos acompanhavam, nos protegiam. Para mim, a vida não acabava, tomava apenas outras formas.
O meu avô paterno seguiu viagem com 80 anos, já teria completado a sua missão nesta vida, e ainda hoje me lembro e falo dele.
Independentemente do que se possa acreditar sobre a morte, a realidade, é que quem passou pela nossa vida nunca deixará de fazer parte dela.
Eu acredito que as almas continuarão a regressar até se purificarem e atingirem o plano perfeito, tornando-se seres de luz, guias ou anjos.
Ainda hoje guardo na minha memória, recordo e falo sobre os meus avós, das suas histórias, da partilha, do carinho…
Para mim é, e sempre será a continuação da nossa viagem pelo crescimento que estamos a realizar.
E quando chegar o meu dia espero poder deixar uma herança repleta de memórias maravilhosas e seguir o meu caminho, cheia de paz e luz.
Sem comentários:
Enviar um comentário